Alô!
Antes de iniciarmos a vera o “Odiário Nosso”, gostaria de fazer uma breve apresentação deste que vos escreve neste momento fugaz.
Nascido no início dos anos 80, encontrei um Brasil com uma cara diferente da que vemos hoje, com uma vontade de mudar o mundo, com bandas e músicas que berravam a insatisfação dos jovens que estavam fartos de serem massa de manobra, vim ao mundo numa época de diretas já, de Iron, Metálica, Legião... no momento em que o Brasil começara a tomar um rumo diferente, cresci ouvindo e vendo os jovens lutando, gritando, pintando a cara, era tudo novo para mim, vi a transição de um governo totalitário para deveras a bendita República, Raul cantando Gitã, Renato embalando Que pais é esse?, Cazuza recitando O tempo não para, momentos que ficaram marcados em minha infância como um selo que me fez o homem que sou hoje.
Momentos como o plano Collor, vi pessoas se desesperarem, vi pais de famílias desnorteados, vi filas em supermercados e nada para comprar, vi poucas coisas para comprar e vi pais não terem dinheiro para comprá-las, vi a moeda mudar 5 vezes, algumas vezes tão rápido que não tinha tempo de trocar as cédulas, a solução encontrada foi por um carimbo nelas, (juro, isso é verdade, o dinheiro era carimbado) vi o dinheiro perder vários dígitos, vi um presidente virar um bode expiatório, e vi o Brasil perder a copa mais uma vez, joguei Atarin, NeoGeo, Sega, Super Nintendo e assisti todos os seriados de super heróis.
Cresci vendo as pessoas se apaixonarem embaladas por músicas clássicas que hoje algumas são consideradas bregas, sei o que é paquera, sei o que é conquistar, olhar nos olhos e cativar, coisas que não existem mais hoje.
Entrei na escola com 2 anos de idade e antes disso, já estudava em casa, me formei com 16 anos e sempre fui o mais novo em tudo, vivi na época em que se eu queria saber de alguma coisa, tinha que comprar um livro ou ir à Biblioteca mais próxima, hoje temos a controversa internet (há quem ame e quem odeie, eu faço parte dos amantes), comprava filmes de 16, 24 ou 32 poses e esperava 1 semana pra revelar as fotos que na sua maioria saiam ruins(srrsrs).
Ocorreram várias histórias bacanas em minha vida, que espero compartilhar com vocês mas o mais bacana de tudo é que nesse blog o objetivo não é contar histórias, na verdade objetivo de “Odiário Nosso” é justamente, falar, criticar, reclamar, seria como um diário de reclamações de tentativas de abrir os olhos, de tornar crítica a nossa mente que hoje está entorpecida por programas como BBB, por novelas, pela mídia, não sou contra nada disso, pelo contrário sou um Publicitário que tem muito senso crítico, e apenas gostaria de participar isso a vocês, de falar, aqui será um canal aberto para debates, sempre aceitarei críticas e sugestões e ainda os leitores terão a oportunidades de enviar seus textos para serem postados no “Odiário Nosso leitor”.
Espero por vocês na próxima postagem, que serão sempre diárias.
Etimologia: O termo "Odiário" não existe, foi criado da junção de duas palavras:
Ódio (aversão, raiva) + Diário (que é de todos os dias ou que se faz todos os dias, cotidiano)